domingo, 26 de abril de 2009

Da série: roubei, mas creditei. Tô perdoada.



Sem tempo para escrever, mas com tempo para postar.

Portanto não vou deixar meus dois únicos leitores (meu namorado e minha mãe- eventualmente as amigas da minha mãe que são obrigadas por ela a ler o blog também) na mão por muito tempo.

Encontrei essa brilhante reflexão no blog de uma amiga de um dos blogueiros amigos que eu sigo (o fogo de artifício- blog do Leandro). Deu pra entender?

Não resisti. Copiei, colei e tô dando os créditos.

"uma das formas de saber se você já passou da primeira juventude é se auto-indagar da seguinte maneira:se uma amiga de infância me dá a notícia de que está grávida, eu pensaria duas vezes antes de dizer, "caralho, que merda"?se a resposta for "nunca. gravidez é o fim do mundo", parabéns, você ainda é brotinho.se a resposta for afirmativa, você tem quase 25.se você não só pensa duas vezes, como opta por sonegar o "que merda", satisfazendo-se com a expressão "caralho" e esperando a reação da amiga gestante para concluir a frase com um possível "caralho, que maneiro", você já passou dos 25.agora, se a resposta for imediatamente, "nossa, que bacana, parabéns"... o que você precisa é me mandar um email com o endereço do seu templo. porque eu vou lá.. "

Fonte: http://embromadora.blogspot.com/

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Amor que eu nunca vi igual...


No começo eu nem ia com a cara dele. Aos poucos se tornou um amigo, com quem eu virava a noite conversando, bebia cerveja e dançava forró. Mas isso mudou depois daquele beijo roubado. Eu gostei, mas foi só. Até que veio o segundo, o terceiro, o quarto beijo e, aos poucos, fui descobrindo o homem maravilhoso que estava bem ao meu lado. Amigo, carinhoso, romântico, divertido, guerreiro, com uma história de vida surpreendente e que ainda por cima beijava muito bem!



Há 4 anos nascia um amor que enfrentou um dragão por dia para sobreviver. Venceu maledicências e injustiças.
Venceu a distância e uma dor que, por muitas vezes, pareceu insuportável.

Venceu a falta de grana, a falta de tudo, ou quase tudo, porque o essencial nós sempre tivemos.


Eu e Pablo...
Um amor raro...
invencível!


Que este amor continue vivo, leve, puro, verdadeiro e forte.


Uns dizem que casamento é papel, para outros é viver junto e dividir tudo - as contas, a casa, as tristezas, as alegrias.
Pois eu digo que casamento é entrega e compromisso. Uma entrega que começou naquele dia de São Jorge em 2005 quando eu disse: estou apaixonada por você. Que namorar comigo?


E mantenho com este amor meu compromisso de fazê-lo florescer, vibrar e vencer! Enfim, fazer dar certo.


Obrigada por tentar me proteger das maldades


por permanecer ao meu lado quando tentaram fazê-lo acreditar que não deveria


por amar, confiar, zelar


pelos beijos apaixonados


por lutar pelo nosso futuro


por me tratar como uma princesa


por não desistir nunca


por me fazer rir sempre


e me fazer chorar também


por fazer eu me sentir a mulher mais amada e desejada do mundo...


OBRIGADA!


PARABÉNS PARA NÓS DOIS!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Somos um bando de palhaços tristes.

Somos palhaços encenando uma tragédia.

E acredite: há quem se divirta com isso.

Dizem que o remédio é rir, mas se nem isso eu consigo...




Mês passado eu e meu namorado fomos assistir à peça ultra celebrada, mega badalada e “campeã de audiência”, TERAPIA DO RISO, no Teatro Vanucci. Saí de lá triste. Naturalmente não era este o objetivo. A peça é em formato de esquetes- fácil de escrever, dirigir e digerir. Um retalho de estereótipos sem fim e piadinhas- clichê. A repetição da repetição da repetição. Tédio...

Os primeiros 40 minutos foram tão constrangedores quanto um pum num elevador lotado. Pensei em dar uma de louca e sair gargalhando pra quebrar o gelo, mas a algo me dizia que eu deveria permanecer quieta na minha poltroninha cultivando aquela vergonha alheia compartilhada. Olha, a peça é ruim, bem ruim mesmo, mas isto não seria um problema tão grande não fosse o fato de o ingresso custar 60 reais!! Bem, eu ganhei os convites, mas logo pensei na quantidade de pessoas frustradas que gastaram essa grana. Um casal gasta no mínimo 120 reais para estar ali aquela noite. Não estou contabilizando o valor do ônibus, taxi ou do estacionamento do shopping. Também não levo em consideração o preço da água mineral na delicatessen ao lado do teatro. 2,50 R$ a garrafinha pequena! Até os primeiros 40 minutos eu ainda bocejava quando de repente as luzes se acenderam e surgiu o tão temido momento de toda platéia de comédia: a INTERAÇÃO! Já ouvi dizer que quem tá na merda nunca se contenta em estar só. Pois é... a terapia do riso é uma peça interativa que praticamente obriga o público a participar. Me dei conta de que seria presa fácil. Meu namorado havia escolhido cadeiras na segunda fileira. Só queria me agradar, também não fazia idéia do nazismo interativo que nos esperava. Apesar de não ser o ponto mais nobre da platéia, gosto de sentar lá na frente. Gosto da energia do palco e de deixar nas minhas costas a expectativa do público. Assim fica mais fácil mergulhar na magia do teatro. Deixo pra trás os casais apaixonados, os papéis de bala, os rostos todos, os gestos, tossidas, espirros. Tudo bem que não precisa disso tudo para um espetáculo de esquetes, mas ele só queria agradar...o tiro saiu pela culatra! Logo hoje que a peça é interativa. INTERATIVA, porra! Vão me chamar no palco, tenho certeza! Vão perguntar meu nome, vão me fazer perguntas e piadas com as respostas que eu der. Não conseguia mais me concentrar em nada. Só pensava no que ia dizer quando me chamassem. Que nome eu daria? O que eu diria? Onde colocaria minhas mãos? Ah, sim. Eu já tinha um histórico em espetáculos nazistas interativos. Alguns anos atrás assisti a uma peça deste tipo com um ex-namorado tímido, muuuito tímido e branco, muuuito branco. Nós sentávamos nos fundos, mas ainda assim me enxergaram lá atrás e me chamaram para o palco. Na hora me veio uma luz divina e eu disse: “não dá. Tô com o pé machucado”. “Então vem você!” Apontaram para o tal ex. “É! Você, o branquelo de blusa vermelha”. O rosto do rapaz ficou da cor da camisa. Vamos chamá-lo de Carlos para não haver identificações constrangedoras. Carlos sofreu durante os 80 minutos de peça. Subiu no palco. Teve que dançar, interagir com os atores, dar entrevista. O público ria que se escangalhava. Aquele cara vermelho no palco, completamente desengonçado, tremendo de vergonha, sem saber onde enfiar a cara. Mesmo depois de voltar para a platéia, Carlos continuou sendo a grande atração da noite. Tinha uma passagem que o ator falava: “quero mandar um beijo para o meu pai, minha mãe e para o CARLOS!” E o povo todo olhava pra cara dele, as luzes se acendiam e o Carlos avermelhava como um tomate. Carlos virou a atração principal da noite. Na saída queriam autógrafos e fotos com ele. Na "terapia da paciência" interagiram comigo e com meu namorado, mas foi de leve...nada de palco, não precisamos nem falar, apenas sorrir um pouco...porque nessas horas é melhor se fazer de hiena. Se você não pode vencer o monstro, una-se a ele! No entanto, uma de nossas vizinhas de poltrona não gostou nada da brincadeira, se negou a interagir, fechou a cara e deixou platéia e atores em profundo estado de catatonia. Gente, falar em constrangimento novamente seria redundante. Pum no elevador? Muito pior...só uma bomba explodindo poderia nos salvar daquele momento. O horror, gente...o horror... Passado o constrangimento da coleguinha que não interagiu, a peça voltou ao seu enredo. O hippie sequelado que vende maconha, a piriguete carente e baladeira, o travesti que não precisa ser nada além de travesti. Dancinhas de funk, trejeitos pra lá de batidos...que tipo de idiota se diverte com isto? Mas a peça é “campeã de audiência!!!” Deixa quieto... Fui embora puta da vida me perguntando quando foi que a classe média emburreceu tanto? Em que momento nos tornamos palhaços de nossa própria tragédia cultural? Em que momento passamos a achar natural pagar 60 reais para ouvir piadas-clichê sobre gays, gordos, mulheres solteiras, nerds tarados e pobres? Quando foi que a gente passou a sustentar pseudo-artistas e suas vidas celebrantes e pediu às nossas empregadas domésticas que se virassem com um salário mínimo e 12 horas de trabalho por dia?
Humor inteligente dói? Sou da geração de Didi Mocó e Zorra Total, mas nunca assisti. Não rio de mulher feia, nem de gay. Não acho que mau humor feminino seja reflexo de falta de piru. Temos problemas demais para acreditar que a felicidade de uma mulher se resuma a isto.
Quando escrevi este texto ainda não havia sido publicada a notícia de que o deputado Fabio Faria (na segunda foto de cabelo escovado) usou dinheiro de sua cota de passagens aéreas pagas pelo Congresso, em viagens com sua ex-namorada Adriane Galisteu (na foto pagando peitinho), Kayky Britto, entre outras "estrelas".
Saí da Terapia do Riso meio deprê, precisando urgentemente de terapia, chocolate, cerveja, beijo na boca, antes que desse merda e baixasse a Amy. Mas aquela noite não estava perdida. Recebi um telefonema de amigos e parti para a terapia etílica que resultou em muitas risadas e causos daqueles que não esquecemos nunca. Mas a segunda parte desta noite eu conto um outro dia. Vou adiantar os personagens: Eu, Pablo (vulgo: Momocho - meu namorado maravilhoso que sempre se esforça para me agradar). Os amigos Vivi e Flávio e mais: o tarado da Cidade de Deus, a Sereia da meia noite, Marcondes- o garçom, Nelinho- o irmão do Ronaldo Fenômeno e seu companheiro- o artista plástico que se vestia de menina aos 8 anos. Teatro de Shopping nunca mais! Terapia boa é fazer amigos e se quer encontrar bons personagens vá viver, ora bolas. De preferência na rua que é lugar quente pra sorrir.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Carnaval Carioca - PARTE 2

SAI DO CHÃO! SAI DO CHÃO! SAI DO CHÃO!" (tá bom...já entendi...)






Acho que podemos nos orgulhar de fazer o carnaval mais democrático do país. Ao menos pra quem vive aqui.
Carnaval sem abadas milionários, com blocos por toda a cidade, para todos os gostos e o melhor: sem redutos definidos e fechados, todo mundo misturado. Não conheço de perto o carnaval de Salvador, mas o preço dos abadás e os relatos de quem curte os dias na cidade sem a camisa-ingresso dão algumas pistas do contracenso entre o carnaval do turista e o do morador da cidade. Tive uma breve idéia a respeito assintindo o documentário “Cordeiros” de Amaranta Cesar e Ana Rosa Marques . Aí vai a sinopse deste documentário que eu achei fantástico:

"A palavra "cordeiro", na sua acepção mais comum, remete às características do animal homônimo: pacífico, submisso, obediente. Mas ela comporta um outro significado, quando se refere às pessoas, homens e mulheres, na sua maioria negras, moradoras dos subúrbios da cidade, que durante o carnaval de Salvador sustentam as cordas que delimitam o espaço a ser ocupado pelos blocos nas ruas. É trabalho do cordeiro empurrar de volta à calçada qualquer um que, sem ter pago a fantasia do bloco, tente brincar num espaço que é público, mas que durante o carnaval é comercializado pelos blocos carnavalescos. Assim, os cordeiros encontram-se nas trincheiras da luta pelo exíguo território das avenidas, cuja organização reflete a divisão e a desigualdade que caracterizam a geografia e a estrutura social da cidade de Salvador.
Nas longas e inúmeras transmissões televisivas da maior festa popular do mundo, não há imagens dos cordeiros. Vista de cima, através das lentes da televisão, as cordas do carnaval de Salvador formam uma fronteira invisível, camuflada entre os corpos.
Composto por imagens, sons e entrevistas captados durante três carnavais (2004, 2005 e 2007), « Cordeiros » é um documentário que, de maneira inédita, lança um olhar sobre os cerca de 80 mil homens e mulheres que trabalham como cordeiros no carnaval de Salvador. O documentário pretende tornar visíveis as condições deste trabalho e as fronteiras que os blocos desenham nas ruas. Através das imagens e das vozes dos cordeiros, a corda torna-se um objeto estranho, perturbador, violento; uma metáfora explícita das tensões entre incluídos e excluídos, brancos e negros, ricos e pobres. Nesse processo, o próprio ato de filmar torna-se objeto de reflexões e tensões."

Nosso desafio agora é conseguir manter um carnaval alegre, sem brigas, pra todo mundo. Sem cordeiros, sem abadás pagos e com organização. Sem redutos definidos, mas com espaços delimitados, de modo que não atrapalhe o trânsito e o sossego dos que não podem ou simplesmente não querem participar da festa.
Os desafios dos dois maiores carnavais do Brasil não são tão diferentes. O carnaval em Salvador movimenta muito dinheiro para poucos e aqui o desafio maior dos blocos de rua ainda é respeitar a liberdade daqueles que só querem o sossego.
Afinal, o carnaval que você quer pro outro é o carnaval que você quer pra você?




Top 8 do carnaval carioca

Fredinho diz: Eu sou da lira, não posso negar.
Gracyane diz: comprei a vaga de rainha da bateria sim, e daí?


Alguém aí ainda se lembra do carnaval? NÃO??!! Isso que dá encher a cara! Pois eu lembro e, ás vésperas da Páscoa, vou refrescar a memória dos meus parcos leitores com os oito maiores micos deste ano. É top 8 e não top 10 e é em abril e não em fevereiro. Só para alimentar a minha fama de ser do contra.

Vamos à lista:

- o comentário de Glenda Kozlowski ao final do desfile da Mangueira dando, como certa, a derrocada da escola:
“pois é, gente...quem viu, viu....quem não viu...só ano que vem”.
Ué...e o desfile das campeãs???

- A intimidade de Marcio Gomes (comentarista da Rede Globo) com o carnaval:
“gente, são 1.390 plumas nesta ala. 1.390 plumas...é muita pluma....1.390 plumas é bastante pluma mesmo não é, gente? Uma coisa essa quantidade de plumas...”
Volta pras receitas do Jornal Hoje, Marcio.

- As chamadas da Globo com Sarah Oliveira, Danielle Suzuki e Andre Marques: carisma zero, falta de assunto total, conhecimentos sobre o carnaval carioca: nenhum! Saudades da Leny Andrade.

- o estardalhaço em torno da volta de Luma de Oliveira que nunca sambou porra nenhuma.

- Mangueira entre as 6 finalistas, mesmo com a escola caindo aos pedaços. Então tá, né...

- Paulinho Vilhena fingindo que é Salgueirense roxo lado a lado com o presidente da escola na apuração dos votos. Em tempos de crise vale tudo!

- Luana Piovani dando chilique com os fotógrafos; Dado Dolabella fazendo merda e correndo pro colo da mamãe; Suzana Vieira distribuindo gargalhadas e jurando que superou a fase negra; blocos de rua sem banheiros químicos; Ângela Bismarchi explicando aos repórteres como sua nova plástica melhorou muito sua auto estima e o relacionamento com o marido...uou uou uou uou nada mudou....

E, pra finalizar, a pergunta que não cala: BELO e GRACYANE: quem come quem?