terça-feira, 14 de julho de 2009

Twitter

Agora tô twittando também. Sou Tatubastos!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

“fumaça vai, fumaça vem, hein... chapou o côco! Se abriu que nem uma flor, ficou louco...” (Racionais).

 
Não tem muito tempo, eu bebia um chopp em Copacabana com meu namorado e uns amigos do trabalho dele, quando um deles me chamou atenção pro fato de que eu estava de frente para uma das cracolândias da cidade. Eu não fazia idéia de que aquela praça, a uma quadra da praia, onde costumava-se vender livros usados, tinha se tornado cenário de uma das coisas mais tristes que se pode ver nos dias de hoje.
Lembrei de quando os cariocas batiam no peito orgulhosos porque o crack era droga de paulista. “Imagina! Nossos traficantes não trabalham com uma droga assassina como esta!” O que foi que mudou?
Imagino pouca coisa mais triste do que uma criança dependente de crack. Aliás, imagino pouca coisa mais triste do que qualquer pessoa dependente de crack. E se você lamenta, mas não chega a se comover...se você acredita que o vício ainda é uma opção dos fracos, então trate de mudar sua opinião, pois eu não dou 10 anos para a comunidade de rua viciada em crack dobrar de número e este pensamento seletivo não ajudará em nada. Não há indiferença que resista à violência que esta droga causa...
Saudades de quando a gente ainda se espantava com os meninos de rua, flagrados pelas câmeras do Fantástico, cheirando cola e batendo carteiras na praça da Sé...
O crack começou a se alastrar através dos moradores de rua, mas hoje é uma das drogas mais usadas também pelos lavradores, os bóias-frias do interior do nosso país e já avança pela classe média. De fato, não deve ser nada fácil viver nas ruas das grandes cidades brasileiras...invisível, imundo como um cão sarnento, esfomeado, sem nome, dignidade, identidade ou qualquer privacidade... odiado pela cidade, a polícia, a imprensa, os comerciantes...vivendo das esmolinhas e das sopinhas ralas doadas por aqueles que não desistem nunca! Não há cenário mais propício para o crack ganhar força...
Eu não sei qual a solução para isso tudo, mas garanto: a indiferença é a postura mais perigosa que podemos adotar. E mais: desconfio que nas próximas eleições este venha a ser um dos assuntos mais recorrentes. E desconfie...desconfie sempre dos que juram que modificarão as leis (não há nada mais difícil de ser aprovado do que uma lei. E também não há nada mais inútil do que se criar mais leis onde as que já existem não são cumpridas). Desconfie de quem promete que a comunidade de rua será exterminada num passe de mágica, como se estivéssemos falando do côcô do cachorro que se recolhe cuidadosamente com uma pá.
Desconfie dos choques de ordem facistas e milagrosos e dos discursos tolerância zero a lá Bolsonaro.
Desconfie dos políticos que falam de bandidos, viciados e moradores de rua como um problema sem alma, sem rosto, sem pele, sem carne.
Desconfie de quem os vê como coisa, pois eles não são, nem jamais serão.
E ainda que nada disto o comova, ainda que o humano que há em você seja reservado aos seus e que pouco lhe importe como se tratam os indigentes, desde que isto não o incomode, não se esqueça que apesar do ‘indi” eles ainda são “gente” e se viciam e se multiplicam e sentem e sofrem e nascem e amam e matam e morrem.

Esse blá blá blá todo foi para chamar a atenção para esta reportagem da Carta Maior, publicada em Maio deste ano, que vem com uma seleção de fotos angustiante e um ponto de vista crucial no drama do crack: o daqueles que vivem nas áreas dominadas pelos usuários.
POR FAVOR, LEIAM!

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16012&boletim_id=557&componente_id=9579

sábado, 4 de julho de 2009

Unidunitê... salamêminguê...

Tenho uma amiga chamada Lorão... quer dizer , Mamma...
Na verdade ela se chama Thaís, sabe...mas ela é a grande Mamma de todas nós.
Conheci a Lorão no botequinho do Sana. Bebia uma cervejinha com uns amigos. Para vocês verem, não lembro quais eram os amigos, mas lembro bem da lorão lá.
“Tatu, essa aqui é a Thaís"
"Tudo bem? Senta aí...bebe uma com a gente..."
Papo vai, papo vem....resolvi me levantar para sei lá o quê e na hora de calçar os chinelos troquei os pés da sandália e, sem perceber, saí pelo Sana igual ao curupira.
A Thais foi uma das primeiras a notar e caiu na gargalhada. Ela me zoava de leve, afinal, a gente nem tinha intimidade. Foi afinidade à primeira vista.
Eu sou daquelas que perde o amigo, mas não perde a piada, mas a amizade da lorão eu nunca vou perder por este motivo.
É até meio sem graça. Você zoa, zoa, zoa...e ela nunca se aborrece, ri pracaralho e no fim das contas, ta se zoando também. Uma merda!
A lorão mora longe pra cacete e eu nunca fui à casa dela, pois dizem que o espírito da Nazarete (a da novela), ronda por lá e eu tenho medo. Mas apesar da distância, conseguimos que nossa amizade desse bons frutos.
Entre muitos forrós, cervejas, dormidas na minha casa e a famosa dança da borboleta (tenho medo...),vi o namoro dela com o Fábio começar, eles irem morar juntos, ela me contar a notícia numa pizzaria surreal do Centro do Rio, daquelas de mesa engordurada e garçom cantor...
mas foi esta semana que ouvi assim, de supetão, a notícia que fará jus ao apelido que demos, muito adequadamente, à amiga que cuida de todas as suas amigas, que tem um colo gigante, que sabe como ninguém ser a nossa Mamma.
A mãe de todas nós agora será a mãe de um bebezinho. Alguém duvida que ela é perfeita para o papel?
Doce mamma...agora eu tenho um nobre motivo para ir até a sua casa. Já separei os galhinhos de arruda. Nazarete que me aguarde...
Falo por todas as ratazanas que, a partir de agora, nós a amamos ainda mais.
Vira logo uma mamãe bujãozinho pra gente poder te zoar até morreeeeeeerrrr. ;-)